Continuar os estudos é sempre uma escolha correta, mas é preciso saber onde investir seus recursos. Afinal, é melhor seguir para faculdade ou curso técnico?
Com o fim do ensino médio, muitas dúvidas surgem. É melhor começar a trabalhar ou ficar apenas nos estudos? Investir em intercâmbio ou em cursos locais? O ideal, porém, é continuar com os estudos independentemente da escolha complementar. Investir em faculdade ou curso técnico garante uma formação mais completa, além de oferecer a oportunidade de postos de trabalho mais interessantes.
Está em dúvida sobre qual caminho seguir? Não consegue se decidir sobre faculdade ou curso técnico? Então, veio ao lugar certo!
Neste artigo, vamos mostrar as vantagens e desvantagens das duas formações para ajudar você a fazer um planejamento de carreira eficiente.
Já adiantamos que cada modelo de ensino atende a uma necessidade específica e um perfil de estudante. Portanto, não há certo ou errado; existe o que você espera da sua vida acadêmica e profissional.
O que faremos nas próximas linhas é passar algumas informações úteis para orientar sua decisão de maneira mais objetiva.
Boa leitura!
Antes de tudo, é preciso entender o que é cada um dos cursos. A faculdade é o modo mais tradicional entre os dois formatos de ensino: dura entre dois e seis anos e educa futuros bacharéis, licenciados e tecnólogos nas mais diversas áreas.
É uma formação de base teórica bem robusta, que costuma ser dividida em semestres letivos, com disciplinas obrigatórias e eletivas (ou optativas) que devem ser realizadas para sua conclusão.
Cada faculdade tem a sua regra quanto ao número de optativas necessário para cada tipo de graduação; o ideal é que haja uma grade fixa e outra moldada de acordo com o interesse do estudante.
Entre as disciplinas obrigatórias está o trabalho de conclusão de curso (TCC), que deve ser entregue digitado e apresentado a uma banca examinadora. A grade curricular também contempla atividades de extensão e, em alguns casos, estágio obrigatório supervisionado.
Para ter acesso a uma faculdade, o estudante precisa concluir o ensino médio e ser aprovado em um vestibular ou Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Ao final do curso, o aluno recebe um diploma certificado pelo MEC.
Já o curso técnico é focado na parte operacional da profissão, portanto as disciplinas são mais práticas do que teóricas. Dessa forma, o estudante tem a oportunidade de colocar a mão na massa logos nos primeiros meses de curso. E para que ele não pare de exercitar o que aprendeu em nenhum momento, o estágio supervisionado é obrigatório.
A duração desse tipo de ensino é bem menor — entre 12 e 24 meses, no máximo. Além disso, também é preciso entregar um TCC.
Os únicos requisitos para entrar em um curso técnico são ter a idade mínima solicitada (entre 16 e 18 anos), estar cursando ou ter concluído o ensino médio. Essa modalidade pode ser realizada em paralelo ao ensino formal. Ao final, o estudante recebe um certificado de conclusão.
Agora que você já sabe como é cada curso, é importante considerar alguns aspectos na hora de escolher uma faculdade ou curso técnico. Veja mais detalhes.
O que está mais alinhado aos seus objetivos agora: faculdade ou curso técnico?
Normalmente, quem opta por fazer um curso técnico está com urgência de ingressar no mercado de trabalho. Seja por vontade, seja por necessidade, essa pessoa quer adquirir conhecimentos de forma rápida e eficiente.
O estudante técnico costuma ter preferência pela prática em vez da teoria, pois a metodologia é mais objetiva, sem rodeios. Ele também é focado em obter retorno do seu investimento o mais rápido possível para atingir logo suas metas e dar o próximo passo.
Já o estudante que opta por fazer uma faculdade está disposto a dedicar um bom tempo da sua vida aos estudos. Ele sabe bem o que quer para a sua vida profissional e não tem pressa de alcançar seus propósitos.
Trata-se de uma pessoa com tempo hábil para organizar uma rotina de estudos inteligente, que inclua tempo para cuidar da saúde física e emocional sem atrapalhar a grade curricular.
Ele também está disposto a participar de congressos e eventos acadêmicos para adquirir conhecimentos e expandir sua rede de relacionamentos profissionais, além de reservar um tempo estratégico para o estágio.
Uma dica importante para quem se identifica com a vida de universitário é traçar um plano de estratégias de médio e longo prazos para a vida acadêmica e profissional. Após a faculdade, é possível prosseguir nos estudos por meio de especializações, pós-graduação, MBA, mestrado e doutorado.
Um ponto importante a ser considerado na hora de escolher uma faculdade ou curso técnico é a relação custo-benefício de cada um deles.
O curso técnico oferece uma excelente formação, preparando um profissional apto para disputar vagas cujos rendimentos ultrapassam o salário mínimo. Além disso, tem mensalidades bastante acessíveis.
De acordo com pesquisa realizada em agosto de 2022, os valores cobrados mensalmente para o ensino técnico variam entre R$ 280 e R$ 400, podendo ter alterações de acordo com a região e o tipo de curso ofertado.
Caso seja o seu interesse fazer um curso técnico, é importante decidir se prefere o formato on-line ou presencial. Pesquise pelas melhores opções na sua cidade, atentando-se a alguns requisitos importantes.
Existem faculdades públicas que não cobram mensalidade, mas é preciso contabilizar os gastos com transporte e alimentação, considerando as extensas cargas horárias desses cursos.
Outro ponto importante é que o acesso ao ensino superior público não é tão simples. As vagas costumam ser bastante concorridas e com a pontuação mínima elevada.
O lado positivo é que hoje em dia existem muitas faculdades particulares oferecendo diversos cursos em todas as áreas do conhecimento, o que democratiza o acesso à educação superior. Mas isso tem um custo.
De forma geral, o estudante terá desembolsado entre R$ 40 mil e R$ 80 mil ao final de sua jornada como estudante universitário.
Aqui também vale uma boa pesquisa para avaliar se a grade curricular corresponde à sua expectativa e conferir a credibilidade da instituição, que deve ser reconhecida pelo MEC.
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