Violência doméstica contra a mulher é um assunto sério! Por isso, o #agostolilás surge como uma possibilidade de trazer mais informação sobre esse assunto.
É provável que você conheça a história de Maria da Penha, certo? Ela é uma brasileira que se tornou um símbolo na luta contra a violência. Infelizmente, isso ocorreu a duras penas, após Maria ser vítima de uma tentativa de feminicídio de seu marido, deixando-a paraplégica.
O mês de agosto foi escolhido para a campanha de conscientização sobre a violência contra a mulher graças ao aniversário de Maria, que é comemorado no dia 7 deste mês.
Durante o Agosto Lilás, são realizadas diversas atividades para disseminar informações sobre os direitos das mulheres, além de incentivar denúncias de violência e promover debates que possam melhorar a vida desse grupo na sociedade brasileira.
A violência contra a mulher pode ser classificada em cinco formas distintas, cada uma com suas características. Vamos entender mais sobre elas?
Esse tipo de violência se refere às agressões que causam lesões ou sofrimento à vítima, no caso, à mulher. Exemplos são espancamentos, empurrões, socos, chutes e qualquer outro tipo de atitude que cause um ferimento físico na pessoa afetada.
A violência psicológica não deixa marcas físicas, mas é igualmente dolorosa e nociva para o bem-estar das vítimas. Ela causa danos diretos em questões como a autoestima e a felicidade das pessoas. Exemplos são insultos, ameaças, chantagens e humilhações, além do controle excessivo e dos ciúmes exagerados.
Todos podem ser vítimas de violência moral, mas as mulheres são, sem dúvidas, as vítimas mais frequentes. Ela consiste na realização de atos que possam prejudicar a reputação de alguém, como espalhar boatos, fofocas e segredos.
Infelizmente, as mulheres continuam sendo constantemente vítimas de violência do tipo sexual. Alguns exemplos são estupro, exploração ou assédio sexual. Em outras palavras, qualquer tipo de ato libidinoso não consentido entra nessa categoria.
É um tipo menos difundido de violência, mas que também merece ser mencionado. Aqui, temos o controle ou a destruição dos bens de uma pessoa, como a proibição de acesso ao dinheiro ou a impossibilidade de uma mulher assumir um imóvel que seja de sua propriedade.
Nem sempre é fácil identificar esses problemas, esteja você olhando de fora ou dentro da situação. A verdade é que muitas violências são, infelizmente, normalizadas. E isso faz com que notá-las seja um grande desafio.
O melhor é sempre manter os olhos abertos. Caso estejamos falando de uma violência cometida com outra mulher, identificar sinais clássicos (como lesões, hematomas ou isolamento social excessivo) é um bom lugar para começar.
Quando falamos sobre nós mesmas, é importante focar em pensar: o que eu diria se essa situação acontecesse com outra mulher? Além disso, ouvir as amigas e outras figuras de confiança em sua vida são boas formas de começar a refletir sobre seu relacionamento.
Não se esqueça: os sinais de um relacionamento tóxico nem sempre são tão escancarados quanto vemos nos filmes. Seja atenta aos detalhes e ajude umas às outras!
Agora, é hora de você entender o que deve ser feito caso você note que alguém está sendo vítima de violência ou se perceber esse padrão em sua própria rotina. Vamos lá?
A primeira dica que podemos passar é: respire fundo. Sabemos que essa é uma situação difícil, mas você já deu o primeiro passo, que envolve perceber que algo de errado está acontecendo. Agora, tudo vai melhorar. Pode confiar!
Seja a sua própria segurança ou a de outra mulher, não importa. Tudo deve ser feito com muita cautela e se manter segura é sempre a prioridade. Ou seja: não tome decisões de cabeça quente. Pense bem em tudo o que decidir fazer!
O próximo passo é ouvir, acolher e orientar essa mulher. Sugira que ela busque apoio profissional e, se possível, se convide a acompanhá-la nessas visitas. Lembrando que, por vezes, isso deve ser feito com toda a cautela possível.
Caso você seja a vítima em questão, não se acanhe. Conte a situação para alguém que você conheça e busque ajuda! Ela pode ser psicológica (as consultas online também são muito válidas), jurídica ou policial.
Muitas vezes, as pessoas se mantêm em relacionamentos abusivos por vários motivos. Um dos mais comuns é a questão do dinheiro. Se planeje financeiramente para encontrar um lugar seu ou ajude sua amiga nessa busca e empreitada.
Informação é poder! Por isso, sempre entenda o que você pode ou não fazer e quais são os seus respaldos. De novo: se mantenha segura em todo esse processo. Por isso, apague históricos e outras evidências das buscas que foram feitas online.
Quando tudo estiver certo, é hora de fazer a denúncia. Mas não faça isso de supetão, tudo bem? Lembre-se: sua segurança é a prioridade no momento. Converse com outras pessoas, estabeleça uma rede de apoio e depois caia em campo!
E não se esqueça: juntas, as mulheres são mais fortes! Assim, é importante manter a união e praticar os preceitos do Agosto Lilás em todos os meses do ano.
Não importa se você conhece alguém que está passando por isso ou está presa nessa história de forma mais direta. A verdade é que há solução. Nós podemos nos mexer! Continue a leitura para saber mais dicas.
O nosso papo chegou ao fim, mas a violência contra a mulher, infelizmente, ainda continua. Então, cabe a cada um de nós a responsabilidade de divulgar mais sobre essa campanha e de não nos calar frente a essa injustiça. Diga não à violência!
E já que o assunto é um mês temático, que tal conhecermos outra campanha de conscientização super importante? Dessa vez, o tema é a prevenção e combate à anemia e leucemia, o Junho Laranja. Boa leitura!