O linfoma é um dos tipos de câncer mais comuns em nossa sociedade. Por isso, campanha #agostoverdeclaro tem grande importância na conscientização sobre essa doença!
A campanha Agosto Verde-claro surgiu como uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), a fim de aumentar a informação da população sobre o linfoma.
De acordo com um levantamento feito pela Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), 80% dos pacientes desconheciam a doença antes de obter o próprio diagnóstico. Ou seja: informação é essencial para melhorar as chances dos pacientes contra esse câncer.
É um tipo de câncer que tem origem nas células do sistema linfático. Nele, encontramos os vasos que carregam a linfa, fluido repleto de células de defesa, como os linfócitos.
Quando acontece uma mutação celular, ocorre a formação do câncer. E, infelizmente, a célula problemática acaba replicando inúmeras vezes, trazendo prejuízos para o funcionamento do organismo do paciente.
Há mais de 90 tipos de linfomas, divididos em subcategorias. Conheça algumas delas a seguir!
É caracterizado pela presença de células de Reed-Sternberg, que são grandes, anormais e se encontram cercadas por outras células do sistema imunológico.
É um grupo com vários tipos de linfoma. Aqui, as células de Reed-Sternberg não estão presentes. No entanto, ao contrário do grupo LH, as metástases distantes (em órgãos longe do foco inicial) são mais comuns.
Ainda é difícil bater o martelo e definir exatamente a causa dos linfomas. No entanto, há alguns fatores de risco frequentemente observados. Confira abaixo!
Alterações genéticas e mutações podem contribuir para esse quadro. Por exemplo, indivíduos com síndrome de Down têm um risco maior de desenvolver linfoma de Hodgkin.
Pacientes que, por alguma razão, tenham o sistema imunológico comprometido também têm maior chance de desenvolver linfomas.
Alguns vírus estão relacionados ao desenvolvimento de linfoma, como é o caso do Epstein-Barr (EBV) e do HIV, que causa a AIDS.
Certos produtos químicos estão associados a um aumento do risco de linfoma. Essa foi uma ocorrência frequentemente observada em tempos de guerra, por exemplo.
Alguns subtipos de linfoma têm uma incidência maior em certos grupos etários e de gênero, atingindo normalmente homens e/ou pessoas mais jovens, de até 40 anos. Outros subtipos, no entanto, são mais comuns entre quem já passou dos 50. Ou seja: varia bastante.
Os sintomas do linfoma podem variar dependendo do tipo específico do câncer, sua localização e estágio da doença. Em alguns casos, é possível até mesmo que seja um problema inicialmente assintomático.
Confira os sinais mais frequentes nos pacientes que lidam com o linfoma.
Conhecidos como ínguas, os inchaços dos gânglios podem ser um indicativo de linfoma. Eles se manifestam como um caroço sensível ao toque em regiões como o pescoço, a virilha ou as axilas.
A fadiga persistente é um sintoma comum do linfoma, acompanhada da falta de energia. Esse é um sinal clássico e que pode estar presente mesmo quando o paciente se encontra em repouso.
A perda de peso inexplicada, sem mudanças na dieta ou no nível de atividade física, pode ocorrer em pessoas com linfoma. Lembrando que esse é um sinal claro de outros tipos de câncer e até mesmo de problemas que não têm nada a ver com neoplasias.
A tentativa do sistema imunológico de reagir contra o câncer tende a gerar febre, que normalmente é recorrente e acontece sem motivos claros.
Nem sempre acontecem, mas algumas pessoas com linfoma podem sentir coceira, graças às substâncias liberadas pelas células cancerígenas na corrente sanguínea.
Outras possíveis manifestações para o linfoma são dor no peito, inchaço em diversas áreas do corpo, falta de ar, dores nos ossos e muito mais. De modo geral, os sintomas são bem inespecíficos.
Por fim, é sempre importante ressaltar que esses sinais podem ser gerados por várias outras situações. Assim, é importante fazer um diagnóstico preciso e investir em check-ups frequentes.
O diagnóstico do linfoma vai depender de alguns exames, como:
A bateria solicitada vai depender muito de cada caso e das necessidades do médico e do paciente.
Por ser um câncer sistêmico, ou seja, que envolve a circulação de todo o corpo, é comum que ele seja tratado com quimioterapia. Esse tipo de tratamento atinge o organismo inteiro de uma só vez, aumentando as chances das células neoplásicas serem destruídas.
No entanto, tratamentos como a radioterapia e a imunoterapia também podem ser úteis em alguns casos. E há, também, tratamentos de resgate, utilizados quando o câncer não responde mais aos tipos convencionais de abordagem. Um bom exemplo é a terapia CAR-T Cell.
Não há medidas específicas conhecidas para prevenir o linfoma, exceto se manter longe dos vírus que podem aumentar a sua incidência, como é o caso do HIV (prevenido a partir do uso de preservativo nas relações sexuais).
No entanto, manter uma vida saudável e com bons hábitos é algo sempre vantajoso, pois mantém o sistema imunológico fortalecido e evita recaídas que podem “ativar” a mutação celular e, consequentemente, o linfoma.
Dito isso, não há regras ou recomendações específicas. Apenas se alimente bem, pratique exercícios, evite o tabagismo e o álcool em excesso e se mantenha longe do estresse. Essas são medidas excelentes para prevenir boa parte das doenças!
Como podemos ver, o linfoma é um tipo de câncer muito comum. Reconhecer os sintomas dessa neoplasia é o melhor caminho para uma detecção precoce, já que boa parte das pessoas que lidam com essa doença sequer a conheciam antes do diagnóstico.
E agora que você já sabe mais sobre o assunto, confira também a campanha de Agosto Laranja, que fala sobre a conscientização sobre a Esclerose Múltipla. Boa leitura!