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Maio Vermelho: o que é e a importância dessa campanha

Campanhas da Saúde

Maio Vermelho: o que é e a importância dessa campanha

A iniciativa Maio Vermelho alerta a população sobre prevenção, diagnóstico e tratamento das hepatites.

Você sabia que cerca de 290 milhões de pessoas, no mundo todo, vivem com hepatites B e C, mas a maioria desconhece que está infectada? Esse dado, divulgado pelo Ministério da Saúde, demonstra a importância da campanha Maio Vermelho, que promove a conscientização sobre as hepatites.

Existem diferentes formas de pegar hepatite, que é uma inflamação do fígado. Normalmente, a doença é causada por vírus, que podem levar a danos permanentes no órgão e a complicações graves, como cirrose e câncer de fígado. Neste artigo, explicamos como se proteger!

O que é a campanha Maio Vermelho?

O Maio Vermelho é uma campanha mundial que tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do controle das hepatites. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que as hepatites virais causam cerca de 1 milhão de mortes todos os anos.

Dados como esse demonstram o valor da campanha, uma vez que é possível prevenir a doença por meio de vacinação e hábitos de saúde. Outro ponto que reforça a relevância da iniciativa é que a hepatite pode se desenvolver de forma crônica e até mesmo assintomática. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado evitam a progressão.

O que é a hepatite?

A hepatite é uma doença inflamatória do fígado que se manifesta de maneira aguda ou crônica. Essa inflamação surge como uma resposta do sistema imunológico às células infectadas por vírus, mas também pode ser provocada por abuso de produtos que têm efeito tóxico sobre o órgão, como álcool, drogas e medicamentos.

Os vírus das hepatites A, B, C, D e E estão entre os principais causadores da doença. Nesse caso, a infecção pode ocorrer por meio do contato com sangue infectado, relações sexuais sem proteção, compartilhamento de seringas e agulhas contaminadas, transfusões sanguíneas e transmissão da mãe para o bebê durante a gravidez ou o parto.

Os sintomas da hepatite incluem:

  • fadiga;
  • náusea;
  • vômito;
  • febre;
  • dor abdominal;
  • icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos);
  • urina escura e fezes claras.

Esses sintomas são mais comuns na hepatite aguda. No entanto, a doença pode ser assintomática, o que é mais comum no caso da crônica. O problema é que a ausência de sintomas dificulta o diagnóstico precoce e aumenta o risco de complicações, como cirrose e câncer de fígado. O tratamento depende da causa e da gravidade da doença.

A prevenção da hepatite inclui medidas como completar o esquema de vacinação, usar preservativo durante as relações sexuais, seguir cuidados de higiene e não compartilhar objetos pessoais. Além disso, é fundamental manter um estilo de vida saudável.

Como a hepatite é transmitida ou contraída?

A hepatite pode ser transmitida de pessoa para pessoa por meio de vírus, ou em decorrência de hábitos de vida. Dessa forma, podemos subdividir a doença em três grupos: hepatite viral, hepatite alcoólica e hepatite tóxica. A seguir, detalhamos cada um deles!

Hepatite viral

  • Contato com sangue contaminado: compartilhamento de agulhas e seringas, transfusão de sangue, transplante de órgãos e tecidos, acidentes com objetos perfurocortantes contaminados, tatuagem e piercing realizados em condições inadequadas, uso de drogas injetáveis e práticas de mutilação genital.
  • Contato sexual: relações sexuais desprotegidas com uma pessoa infectada.
  • Transmissão vertical: mãe infectada pode transmitir o vírus para o bebê durante a gestação, o parto ou a amamentação.
  • Contato com fluidos corporais: compartilhamento de objetos pessoais, como lâminas de barbear e escovas de dentes, que estejam contaminados com fluidos corporais de uma pessoa infectada.

Hepatite alcoólica

  • Consumo excessivo de álcool: a bebida alcoólica é tóxica para o fígado, e seu consumo excessivo pode levar à inflamação e à cicatrização do órgão.

Hepatite tóxica

  • Contato com substâncias tóxicas: exposição a produtos químicos, medicamentos, drogas e outras substâncias que podem intoxicar o fígado.

É importante lembrar que nem todas as formas de hepatite são contagiosas. A alcoólica e a tóxica não são transmissíveis, mas podem ser causadas pelo consumo excessivo de álcool e exposição a substâncias tóxicas, respectivamente. Já a viral é transmissível. Porém, existem meios de prevenção, que vamos detalhar na sequência.

maio vermelho

Quais são os tipos de hepatites virais?

As hepatites virais são classificadas em cinco tipos: A, B, C, D e E. Cada um é causado por um tipo de vírus e apresenta características específicas em relação à transmissão, aos sintomas, à evolução e ao tratamento. Entenda as diferenças!

Hepatite A

A hepatite A é transmitida principalmente pelo consumo de alimentos ou água contaminados com fezes infectadas e tem evolução aguda, geralmente sem complicações.

Hepatite B

A hepatite B é transmitida pelo contato com sangue e outros fluidos corporais infectados, como durante relações sexuais sem proteção, compartilhamento de seringas ou objetos cortantes, e pode evoluir para uma infecção crônica.

Hepatite C

A hepatite C também é transmitida pelo contato com sangue infectado, geralmente por compartilhamento de seringas ou objetos cortantes. Além disso, assim como a anterior, pode evoluir para uma infecção crônica.

Hepatite D

A hepatite D ocorre apenas em pessoas já infectadas com o vírus da hepatite B e é transmitida pelo contato com sangue e outros fluidos corporais infectados.

Hepatite E

Já a hepatite E é transmitida principalmente por água e alimentos contaminados com fezes infectadas. Sua evolução é aguda e, em geral, sem complicações.

Como prevenir a hepatite?

No início deste artigo, mencionamos que é possível prevenir a hepatite. Agora, vamos detalhar como. Confira!

  • Vacinação: existem vacinas contra as hepatites A e B, e essa é uma das formas mais eficazes de prevenir a doença.
  • Higiene pessoal: lave as mãos regularmente com água e sabão, especialmente antes de preparar ou consumir alimentos e depois de usar o banheiro.
  • Alimentação segura: evite comer alimentos de origem duvidosa ou não higienizados corretamente e certifique-se de que estejam bem cozidos ou fervidos antes de consumi-los.
  • Uso de preservativos: essa prática é importante para reduzir o risco de infecção por hepatites B e C, além de outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
  • Objetos pessoais e cortantes: evite compartilhar objetos pessoais, como lâminas de barbear, escovas de dente, alicates de unha, agulhas e seringas, que possam estar contaminados com sangue.
  • Testes regulares de hepatites B e C: são especialmente importantes se você é profissional de saúde, recebeu transfusões de sangue ou transplante de órgão antes de 1993, tem múltiplos parceiros sexuais, compartilha agulhas ou seringas, ou tem uma IST.
  • Tatuagens e piercings: se você deseja fazer tatuagens ou piercings, procure estúdios confiáveis e verifique se o equipamento está limpo e esterilizado corretamente.
  • Estilo de vida saudável: alimentação equilibrada, prática de exercícios físicos regulares e abstenção do álcool e outras drogas são ações que ajudam a prevenir a progressão da hepatite crônica e a melhorar a saúde do fígado.
  • Atenção aos medicamentos: certifique-se de que seus remédios são seguros para o fígado, não exagere no uso de analgésicos (que podem prejudicar o fígado) e evite a automedicação.

Orientações sobre prevenção, como as divulgadas durante o Maio Vermelho, são muito bem-vindas para evitar o aumento dos casos de hepatite. Nesse contexto, profissionais da saúde têm um papel fundamental, seja cuidando diretamente dos pacientes, seja divulgando informações sobre a doença e as formas de proteção.

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