Entenda nesse artigo o que é retinoblastoma, tipos da doença, quais os principais sintomas e formas de tratamento.
O retinoblastoma é o câncer ocular mais comum em crianças, mas é raro e responde por 3% dos cânceres infantis. Entre 60% e 75% dos casos de retinoblastoma são esporádicos, isto é, uma célula sofre mutação e passa a se multiplicar descontroladamente.
Essa forma de retinoblastoma geralmente aparece em crianças com mais de 1 ano de idade. Os demais casos são hereditários e a criança tem uma mutação num gene supressor de tumor chamado RB1, que está presente em todas as células de seu corpo, inclusive nas que vão dar origem a óvulos ou espermatozoides. Geralmente, essa mutação é herdada de um dos pais, embora possa ser também uma mutação nova que comece com o paciente, que vai transmiti-la aos descendentes. Nesses casos, o retinoblastoma se desenvolve no bebê, antes de 1 ano de idade.
Existem três tipos de retinoblastoma. O retinoblastoma unilateral afeta um olho e representa entre 60% e 75% dos casos. Destes, 85% são da forma esporádica da doença, e os demais são casos hereditários.
O retinoblastoma bilateral afeta os dois olhos, quase sempre é hereditário e costuma ser diagnosticado bem mais cedo que o unilateral. O retinoblastoma PNET (tumor neuroectodérmico primitivo) ou retinoblastoma trilateral ocorre quando um tumor associado se forma nas células nervosas primitivas do cérebro e só atinge crianças com retinoblastoma hereditário bilateral.
Os primeiros sintomas que costumam aparecer são: fotofobia, estrabismo, heterocromia, sangramento em alguma parte do olho e vermelhidão. No entanto, o principal sintoma do retinoblastoma é a leucocoria, que é quando aparece um reflexo branco na pupila.
Este sintoma, normalmente, pode ser identificado ao apontar uma luz branca sob os olhos do portador ou pode ser visto após uma foto com flash. Em fases mais avançadas, em que o tumor já está mais desenvolvido, a criança pode apresentar os seguintes sintomas: dores de cabeça, dores nos olhos, globo ocular maior do que o normal, resultando no seu deslocamento para fora do olho e perda de visão total ou parcial.
Consultar um oftalmologista pediátrico ao menor sinal de preocupação é fundamental. O tratamento, que pode incluir quimioterapia ou radioterapia é mais eficaz quando iniciado em estágios iniciais da doença. Portanto, a conscientização e a vigilância são cruciais para garantir o melhor prognóstico possível para crianças afetadas pela retinoblastoma.
Victor de Oliveira – Coordenador do Curso Técnico de Enfermagem da Proz Educação (Unidade Londrina), Enfermeiro e Farmacêutico formado pela Unopar, Especialista em Urgência e Emergência, Centro Cirúrgico e Famacologia.