Setembro Amarelo é o mês e a cor que simbolizam a campanha de prevenção ao suicídio e envolve um conjunto de ações para conscientização e prevenção.
No dia 10 Setembro é realizada a campanha de conscientização para prevenção do suicídio. Nessa data se celebra o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, uma campanha denominada Setembro Amarelo.
Segundo a OMS, mais de 700 mil pessoas se suicidam anualmente no mundo, sendo essa, considerada a quarta maior causa de óbitos entre os jovens de 15 a 29 anos. No Brasil, ocorrem, em média, 14 mil suicídios anualmente, equivalendo a cerca de 38 pessoas que tiram a própria vida diariamente.
Por isso, saber identificar quando uma pessoa está precisando de ajuda e como podemos ajudar, é o primeiro grande passo para contribuirmos com a campanha e nos solidarizarmos com quem está precisando de um apoio.
A seguir, veja como saber quando uma pessoa precisa de ajuda e o que fazer nessa situação!
O Setembro Amarelo e as ações para a conscientização contra suicídio começaram nos Estados Unidos, quando o jovem Mike Emme, de apenas 17 anos, tirou a própria vida em 1994. Era habilidoso com mecânica, chegando a pintar e restaurar um Mustang amarelo fabricado em 1968.
Seus familiares e amigos não conseguiram identificar os sinais de que ele pretendia se suicidar. No funeral, algumas pessoas mais próximas de Mike montaram uma cesta com cartões e fitas amarelas com a seguinte mensagem: “Se precisar, peça ajuda”.
A partir disso, vários jovens que tinham pensamentos suicidas começaram a utilizar cartões amarelos como uma forma para pedir ajuda às pessoas mais próximas. Essa ação se estendeu por todo país e em 2003, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu o dia 10 de setembro como o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio.
A cor do Mustang de Mike foi a escolhida para representar essa campanha, juntamente do laço amarelo que lembra a ação dos amigos e familiares no funeral. O objetivo dessa campanha é aumentar a conscientização sobre a prevenção do suicídio no mundo.
Para isso, as ações envolvem a promoção da colaboração das pessoas interessadas e da autocapacitação para saber lidar com a automutilação e o suicídio através por meio ações preventivas.
O Setembro Amarelo foi criado no Brasil em 2015 a partir de um projeto elaborado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e Centro de Valorização da Vida (CVV).
Esses órgãos responsáveis aproveitaram a data mundial, bem como a cor associada ao tema, para identificar o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, comemorado também no Brasil, no dia 10 de setembro.
Aqui, a campanha visa conscientizar sobre a prevenção do suicídio e discutir informações importantes sobre essa, que é considerada a segunda maior causa de morte de jovens no mundo.
Alguns indivíduos disfarçam seus sentimentos quando se encontram preocupados ou tristes. Muitas vezes, por achar ou sentir que falar sobre suas emoções traria mais problemas para as pessoas que elas amam.
Assim, essas pessoas escolhem sofrer sozinhas, isoladas, tentando superar suas angústias sem compartilhar com os outros. Às vezes elas também podem sentir que todos estão felizes, menos elas, ou se preocuparem com opiniões e julgamentos. A seguir, veja alguns dos sentimentos e comportamentos que podem sinalizar no sentido de que algo não vai bem:
As pessoas que pensam em tirar a própria vida costumam falar mais sobre a morte e o suicídio. Também confessam que não têm esperanças, culpas, com baixa autoestima e apresentam uma visão negativa da própria vida e do futuro.
As formas de expressar essas ideias são diversas. Podem ser por escrito, de maneira verbal ou até mesmo desenhando. Algumas pessoas começam a escrever um testamento ou fazer um seguro de vida.
Pessoas com pensamentos suicidas podem preferir o isolamento, interagindo menos nas redes sociais, não atendendo a telefonemas, ficando em casa ou mesmo fechadas em seus quartos.
Assim, reduzem ou cancelam as atividades sociais, especialmente aquelas que costumavam gostar de fazer.
Alguns comentários precisam ser levados a sério, pois podem indicar a intenção de suicídio, tais como:
As alterações extremas no humor podem sinalizar pensamentos suicidas. Assim, como o sentimento de vingança, o excesso de raiva, a irritabilidade, a ansiedade e os sentimentos intensos de vergonha ou culpa, que devem ser observados com atenção por serem indicativos.
Além das ações governamentais e institucionais, a adoção de medidas em diferentes âmbitos na sociedade, podem contribuir com a diminuição dos índices de suicídio.
Dessa forma, é possível nos depararmos com alguém próximo que está pensando em suicídio por algum sofrimento que não consegue superar. O sentimento de impotência pode nos tomar em uma situação dessa, fazendo-nos pensar que não há como ajudar.
Contudo, há diversos materiais online que podem contribuir para você entender melhor todas as questões envolvidas na intenção de suicídio e como ajudar. Uma delas é “Cartilha Suicídio Informando para Prevenir” do CFM (Conselho Federal de Medicina).
Ao contrário do que possa parecer, há muitas maneiras de auxiliar pessoas nessa condição. Veja também algumas atitudes que podemos ter nesse sentido.
Os julgamentos só servem para deixar a pessoa mais deprimida e recuada, sem vontade de expor seus sentimentos. Considere a fase difícil que ela está passando e os inúmeros motivos que podem ter levado a essa situação.
Tenha um diálogo empático, aberto, respeitoso e compreensivo, pois isso pode fazer muita diferença. Dê a entender que se preocupa de verdade com ela. Pergunte como está se sentindo e o que tem feito ultimamente.
Evite falar sobre si e oferecer soluções simples para os problemas expostos, desmerecendo o que ela sente.
Caso perceba que a pessoa não se sente à vontade para falar, seja paciente e deixe claro que você estará sempre disponível para conversar.
Você também pode indicar os serviços oferecidos pelo CVV (Centro de Valorização da Vida), disponível em www.cvv.org.br, que trabalha para promover o bem-estar das pessoas e prevenir o suicídio, em total sigilo, 24h por dia.
Comente com amigos e familiares da pessoa. A união faz a força e todos podem se unir para acolhê-la e, quando necessário, encaminhá-la à profissionais que ajudem em seu restabelecimento.
A campanha já ajudou muitas pessoas, mostrando que elas não estão sozinhas, que são compreendidas, que podem procurar ajuda e que todos os problemas têm solução quando elas podem contar com o apoio de outras pessoas.
Como vimos, nós também podemos ajudar de diversas formas, estendendo a mão para quem está passando por momentos difíceis. Esperamos que as informações que trouxemos possam também contribuir nesse sentido.
As ideias de suicídio podem ser motivadas por diferentes situações. Saiba mais acessando outro artigo em nosso blog que fala sobre o Maio Laranja: como atuar no combate à exploração sexual de crianças e adolescentes.