O número de mulheres na saúde é expressivo, mas a luta pelo protagonismo feminino na área continua. Saiba mais!
Mulheres na saúde: você já conhece o panorama da atuação feminina nesse setor? Entender o papel das mulheres em diferentes áreas é importante para identificarmos oportunidades de melhoria e até mesmo estimular que outras mulheres entrem na luta pelo protagonismo feminino.
Para você ter uma ideia, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 70% da força de trabalho na área é representada por elas. No entanto, o cenário ainda pode ser mais inclusivo.
Neste material, a gente explica como está o panorama das mulheres na saúde, a importância que elas têm no setor, quem são as principais referências e como se destacar. Confira!
Primeiramente, vamos conhecer dados relevantes a respeito das mulheres na saúde. Quando dissemos que esse cenário pode ser mais inclusivo, nos referimos a alguns números em específico. Por exemplo, apesar de elas ocuparem grande parte nas atuações, apenas 25% das posições de liderança são ocupadas por mulheres.
Outros avanços interessantes também podem ser observados. Conforme a 6ª edição da Demografia Médica, publicada em 2023, há uma perspectiva de que o número de mulheres no papel de médicas vai superar o de homens em 2024.
As áreas que mais contam com o protagonismo feminino são de: dermatologia (77,9%), pediatria (75,6%), alergia e imunologia (72,1%) e endocrinologia e metabologia (72,1%). Além disso, há predominância de profissionais mulheres em áreas como fonoaudiologia, nutrição e serviço social.
De acordo com o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, 90% das participações de pessoas envolvidas em projetos de cunho social são mulheres. Outra área com maioria feminina é a de enfermagem, com 85,1% de profissionais.
Mais um ponto que confirma a importância de outros avanços é em relação às posições salariais. Segundo uma pesquisa realizada pelo Departamento de Medicina Preventiva da Universidade de São Paulo, 80% das mulheres estão nas categorias salariais mais baixas, enquanto 51% dos homens aparecem nas mais altas.
Educação médica e saúde preventiva são importantes para qualquer pessoa. No entanto, quando mais mulheres exercem funções próprias da área da saúde, há mais chances de os interesses, as pesquisas e os estudos voltados para elas serem mais presentes nas universidades.
Dessa forma, levantamentos e análises vão pautar mudanças de hábitos, medicações e propostas baseadas especificamente em evidências científicas. Além disso, há mais oportunidades para ouvir outras mulheres e entender suas demandas, necessidades e o que profissionais de modo geral podem fazer para que elas se sintam mais amparadas.
Para que haja maior igualdade em diferentes cenários, existe a necessidade de respeitar singularidades e de construir uma relação mais próxima com todas as pessoas. Também é preciso que a mulher tenha um controle maior sobre seu corpo e sua sexualidade, muitas vezes considerados tabus em diferentes temáticas.
Quando há mais mulheres na área, naturalmente esses debates vêm à tona com mais frequência, além de garantir que importantes decisões que impactam diretamente essas pessoas sejam tomadas por quem entende suas dores e dificuldades.
Existem vários exemplos de mulheres na saúde que ocupam, inclusive, cargos de liderança. Confira, a seguir, algumas de maior destaque que atuam no nosso país.
Até o ano de 2022, Nísia Trindade estava à frente da Fundação Oswaldo Cruz, também conhecida como Fiocruz. Foi essa instituição a responsável por produzir uma das principais vacinas de combate ao coronavírus no país, a Astrazeneca.
Além disso, tornou-se a primeira mulher a ocupar o cargo de Ministra da Saúde, em 2023. Vale destacar que esse ministério foi criado em 1953, ocupado por homens em todos os governos desde então.
Ainda falando sobre a pandemia, é essencial citarmos também a biomédica Jaqueline Goes de Jesus. Foi dela a responsabilidade de fazer o sequenciamento do genoma viral do coronavírus no nosso país. Por causa desse feito, recebeu diversas homenagens e deu entrevistas para mídia de jornais e revistas renomados ao redor do mundo.
Outro ponto importante a ser destacado é o fato de que Jaqueline é negra e nordestina, grupo minorizado que muitas vezes conta com dificuldades de acesso às oportunidades.
A imunologista e pesquisadora Ester Sabino também foi responsável por mapear o genoma do coronavírus no mundo. Aqui, vale ressaltar o tempo recorde para a realização do procedimento: dois dias.
Além disso, saiba que esse não foi o primeiro trabalho digno de reconhecimento da cientista. Ester também participou de um dos primeiros sequenciamentos dos genomas do HIV.
Mas como você, enquanto mulher, pode começar na área? Existem cursos técnicos que podem fazer a diferença no início da carreira, como o de Radiologia e o de Enfermagem. Entre os diferenciais que eles trazem, estão alta empregabilidade e bons salários. Além disso, é um modelo que tem um tempo de conclusão menor do que uma graduação.
Também vale frisar que é fundamental escolher a instituição certa para realizar a capacitação. O ideal é optar por uma em que você tenha a chance de conseguir um estágio remunerado ainda enquanto estiver em formação, o que vai possibilitar uma renda extra e mais oportunidades para ingressar no mercado.
Além disso, a escolha certa de uma instituição contribui para melhorar o networking, tão importante para qualquer área, inclusive a da saúde. Com isso, você tem contato com profissionais renomados de diferentes especialidades, o que vai melhorar seu aprendizado e garantir mais oportunidades, independentemente de qual seja seu objetivo no setor.
Neste material, você pôde entender um pouco mais sobre o panorama das mulheres na saúde. Como vimos, trata-se de uma área que teve importantes avanços, mas ainda é possível estabelecer mudanças que tragam mais igualdade, principalmente no que se refere aos cargos ocupados e aos salários oferecidos.
Se você ainda está em dúvida quanto ao seu futuro profissional e deseja se aprofundar no assunto para clarear suas ideias, continue aqui com a gente e confira as principais razões para trabalhar na área da saúde.
